domingo, 24 de agosto de 2008

Areia movediça


Te sinto IMERSA de emoções
acorrentada e com atributos mil!
Dentre as emoções e tuas atribuições
te vejo inerte,
quase que sucumbida e sobrevivente
(pelos sentimentos)
apenas,... de emoções.
NADA escapa a tua tutela,
teus sentidos aguçados
ao,... entorno
nesse consumo de sentidos “alerta”,
só não estás a ti (ainda que julgues estar)!
À ti,... manifesta-te ou deixas de fazê-lo
tal qual um ser letárgico que sucumbe na espreita,
na espreita como expectadora da “ópera”
à qual permites ser executada,
ainda que dela,... não te agrades!
Os agudos da tenor te ferem os tímpanos, mas...
prossegues em fazer que a ouves ou
acreditando que não ouves.
Fazes que ouves, não ouvindo
e impossibilita ouvires
os gorjeios
meramente,... por insistires,...
no grulhar.
E... lá estás: estática, letárgica
implacavelmente inerte
ao que te circunda!
Tens-me como tua testemunha
e à isso não vou acatar!
Imponho-me pela brevidade e abstinência espacial
em vislumbrar pinturas as quais não me pertencem
(e nem a ti)
mas as mantém.
Inerte estás na areia movediça
à qual te impõe.
Parece-te satisfazer das dádivas
que só não são etéreas
mediante a tecnologia:
existem,
ainda assim,
todos os sentidos estão impossibilitados.
Inerte estás na areia movediça
à qual te impõe.
Nela, tal qual (quem sabe)
no ventre (ilusório)
se assim permanecer te conduzindo,...
nada te abalará,
nada te engolirá.
Só tu, a ti mesma,
te proporcionas tantos engodos
tantas ilusões
à tantos dissabores,
sobretudo à ti!


1°/07/2008
às 02:56

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Cardápio (em elaboração)

Quero te preparar inigualáveis iguarias, tal qual na

“Festa de Babeth”, no que se refere ao afrodisíaco


tamanho esmero, no preparo prazeroso.



Iguarias não adquiridas, mas oferendadas.



Não necessito esmerar em confeccionar teu cardápio!



Vislumbro àquilo que possuo e por intermédio de


aprimoramento de “minha despensa”, inicio por


retirar as escamas.
Titubeio entre arrancá-las por intermédio de


“instrumento” próprio, ou... pulsioná-las com vigor.



Opto pelo vigor! Desta forma, ... o que outrora fora


escamado,agora poderá oferecer maciez ao palato,


percorrendo com astúcia,... a pele enveludada te


dando maior prazer gustativo!



Finalizando,... rego com “azeite” extra-virgem, assim o


tato poderá percorrer cada milímetro... elevando teu


desejo.
Resolvo não ofertar carboidratos.



Como primeira refeição à ti, considero que a carne


associada aos temperos que tu acrescentarás nela,...


possam iniciar... uma longa jornada de “refeições”.



Acrescento ao prato principal, te oferecendo com o


desejo da libido,... um farto prato com verduras,


vegetais, sementes, grãos, temperos frescos...



Na verdade... cada um desses elementos em si, não são


significativos...
Entretanto,... a composição de todos harmonicamente


dispostos... proporcionam ao sentido visual e


olfativo...
um desejo incontrolável de saborear, degustar,...


saciar... alimentar uma imensa fome de dovorar que


não tem vínculo algum com inanição alimentar.



Pretendo te ofertar uma farta e insaciável refeição!



Desejo que possas desejá-la e ... momentaneamente te


saciar,... para voltar à recorrê-la,... noutras e


noutras... vontades... de devorar cada um dos


futuros cardápios...




18/04/08 às 01:35min.

domingo, 13 de abril de 2008

Rumo ao Mar


Te desejo com a intensidade e a candura de minha alma:
uma dor pungente e suave,... é esse desejo.
Uma necessidade visceral de ser tomada, desvendada, saciada,...
desaguando em teu universo.
Emergindo... para submergir.
Submeter-me para ser... submetida
(ainda que contraditório possa parecer),
com a mesma intensidade do inverso,...
com o coadjuvante da doçura e suavidade
que merecem a sensualidade não só de almas...

Minha alma rubra, invejando seu invólucro:
pulsa, lateja e arqueja.
Vivo! Vida estou!!!
Não tenho registro de tamanha veemência,... eloqüência.
É um maremoto
de anseios, cobiças, libidos...
São quedas e quedas,...
abarcando cada afluente,...
rumo ao objeto necessário:
a pororoca não só das emoções,
mas sobretudo delas.
Cada anseio, cobiça, libido,...
percorre...
necessitando chegar (e há de chegar)...
ao Mar Aberto!

sexta-feira, 11 de abril de 2008


A fresca da primavera invade meu verão! Minha emoção mescla entre uma estação e outra, onde elas se fundem com intesidade, mas genuína, do desejo.